segunda-feira, 26 de outubro de 2009

bem..como mulher!!!

A deformidade do corpo não afeia uma alma, mas a formosura da alma reflecte-se no corpo

A deformidade do corpo não afeia uma alma, mas a formosura da alma reflecte-se no corpo

É que não chega fazer o bem. Não é suficientemente bom fazer algumas vezes o bem.O bem que um homem faz, para ser um verdadeiro bem, precisa de ser completado pelo mal que esse homem não faz.Basta uma nódoa, ou um rasgão, num belo tecido para o inutilizar. Ainda que a parte não afectada continue a mostrar a sua beleza, o tecido já não serve: perdeu a sua integridade. A beleza que sobra já não é a mesma beleza de antes. Não se trata apenas de um defeito: notamos bem que é qualquer coisa de mais profundo que afecta o nosso ser inteiro.

beleza..

O Poeta beija tudo, graças a Deus. E aprende com as coisas a sua lição de sinceridade... E diz assim: "É preciso saber olhar...". E pode ser, em qualquer idade, ingénuo como as crianças, entusiasta como os adolescentes e profundo como os homens feitos. E levanta uma pedra escura e áspera para mostrar uma flor que está por detrás... E perde tempo (ganha tempo...) a namorar uma ovelha... E comove-se com coisas de nada: um pássaro que canta, uma mulher bonita que passou, uma menina que lhe sorriu, um pai que olhou desvanecido para o filho pequenino, um bocadinho de Sol depois de um dia chuvoso... E acha que tudo é importante... E pega no braço dos homens que estavam tristes e vai passear com eles para o jardim... E reparou que os homens estavam tristes... E escreveu uns versos que começam desta maneira: "O segredo é amar...".

Alma de mulher

Se dissemos isto a respeito do corpo, o mesmo podemos dizer a respeito do carácter e da psicologia feminina. Em aspectos como a ternura, a suavidade, a capacidade de escutar e de mostrar o carinho de maneira imediata e sensível, o detectar as necessidades do outro, o saber reconhecer aquilo que é peculiar e próprio de cada pessoa, o aceitá-las como são, o ver as pequenas coisas concretas que fazem a vida diária agradável, o atender a essas coisas pequenas, que são tão necessárias para que o lar seja humano e íntimo, em todas estas coisas, a mulher é muito superior ao homem.
De muitas destas coisas, o homem nem se dá conta. O que para a mulher é fácil e evidente, para o homem é, muitas vezes, difícil de ver e, ainda que por vezes o veja, talvez não saiba como fazê-lo ou como exprimi-lo com naturalidade. Basta pensar na capacidade da mulher para a profissão de enfermeira. Ou perguntarmos se preferíamos estar num hospital atendido só por enfermeiros ou só por enfermeiras.
Nesta linha, está ainda por aprofundar quais são os factores específicos que a feminilidade da mulher pode trazer ao desenvolvimento da cultura e da civilização. Neste momento, a mulher está acedendo cada vez mais ao mercado do trabalho, mas em condições de inferioridade, porque a luta trava-se, muitas vezes em campos nos quais o homem tem vantagens. Temos a tarefa urgente de repensar o papel insubstituível e específico das mulheres na construção da cultura actual, potenciar os aspectos em que ela é superior ao homem. E então a nossa civilização dará um grande salto adiante, será muito mais humana.